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Fumar é tragar o pai

  • gomescau
  • 14 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura

" Torna-se viciado aquele a quem falta algo. Para ele, o vício é um substituto.

Como curamos um vício em nós? Reencontrando aquilo que nos falta.

Quem ou o que falta no caso de um vício? Geralmente é o pai. Ninguém é capaz de sentir-se inteiro e completo sem seu pai. Sendo assim, o vício é a ânsia de reencontrar o que foi perdido e, com a sua ajuda, sentir-se são e restabelecido. Contudo, por ser apenas um substituto, o vício não é capaz de satisfazer essa necessidade. Por isso prossegue. Prossegue sem o pai.

Como podemos ajudar um viciado? Como ele pode ajudar a si próprio?

Ele leva aquilo que foi perdido para dentro de seu vício, dessa forma tornando-o supérfluo.

O vício mais difundido em nosso tempo é, em muitos países, o fumo. Nem mesmo o fato de estar escrito "Fumar mata" nos maços de cigarro assusta a maioria das pessoas. Para elas ainda mais mortal é o sentimento de que algo lhes falta em seu mais profundo interior.

Como é possível para um fumante levar o pai que lhe falta para dentro de seu vício?

Primeiramente, o que o ajuda é fumar com prazer, pois seu ato de fumar o conscientiza do quanto sente falta de algo. Quando deseja ou precisa fumar, sente o quanto lhe faz falta, por exemplo, seu pai. Assim que se prepara para tragar o cigarro, imagina seu pai. Então traga a fumaça profundamente em seus pulmões, olhando para seu pai, dizendo-lhe internamente: "Tomo você em minha vida e em meu coração". E fuma até sentir seu pai dentro de si."

Peguei esse trecho do livro do Bert Hellinger para ilustrar algo muito comum que vemos rotineiramente nas constelações. Na maioria das vezes (porque aqui não temos regras rígidas) o que vemos nas dinâmicas encontradas nas constelações é que existe uma falta do pai quando falamos sobre vícios. E quando digo isso, não necessariamente é uma falta física, e sim de não ter tomado o pai dentro de si.

Muitas das vezes o pai não é aceito pela mãe que insiste em falar mal dele para os filhos. Um filho pode receber essa informação do sistema, e isso acontece de forma completamente inconsciente e fazer esse movimento (do vício) no sentido de incluí-lo. Ou esse filho(a) pode ter perdido o pai cedo e em honra a esse pai que era fumante resolve fumar também. Ou esse filho(a) desde muito pequeno julga o pai por ser violento e agressivo com todos da casa e não aceita esse pai como é. Enfim as dinâmicas podem ser várias, mas para deixar um vício de lado há de se olhar para ele com amor e tomar aquele que lhe falta no coração, seu pai.

Não existe outra maneira de nos sentirmos completos se não tivermos nossos pais dentro de nosso coração exatamente como eles são, e aqui incluo também a mãe, pois estou falando de sermos completos. Aceitando que eles são os pais certos para nós. Que só estamos aqui agora porque eles existem. Só isso é o suficiente. Sei que muitos de vocês estão dando pulos da cadeira agora, mas essa é a pura verdade, seja qual for a sua história, e o que você entendeu do que eles possam ter feito. Devemos honrar e agradecer a vida que recebemos deles. Somente assim nos sentiremos inteiros.

Trecho do livro " A Cura" de Bert Hellinger pag.110, 111



 
 
 

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